Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Na temporada passada, quase no seu fecho, celebrámos o regresso de Fennesz à nossa programação depois de o termos recebido com outros projetos e colaborações. Esta quase-estreia foi feita com Mahler Remixes, uma obra feita para comemorar o centenário da morte do compositor austríaco, com imagens viscerais de Lillevan. Arrumadas as palmas, eis o retorno de Fennesz para mais um momento importante, agora em duo com Arve Henriksen - músico norueguês com importante discografia em nome próprio mas mais conhecido da nossa sala por nos ter visitado com Supersilent. Apesar da eletrónica oferecida, Henriksen brilha como trompetista e vocalista, dando um veludo acústico e etéreo às ondas sonoras eletrificadas de Fennesz. Uma luta desigual, diriam alguns, mas o que nos continuamente nos espanta neste confronto é a capacidade de comunicação de ambos, como um diálogo, pois então, em que cada um sabe bem o que dizer para que o outro seja ouvido, estejamos nós a navegar em mar agitado ou em puro deleite contemplativo. Música fantástica entre a descarga rock de Fennesz e a fragilidade angelical de Arve Henriksen. E no entanto, poucos planos são traçados antes da entrada em palco, deixando tudo entregue ao esplendor da improvisação, como se de uma caminhada aberta à surpresa se tratasse. É desse entendimento quase perfeito e do crescimento notório destes encontros que mora, finalmente, uma promessa de um disco para breve. Tão breve que, quem sabe, talvez inclua um pedaço desta noite.
Depois de termos mergulhado nas sinfonias de Mahler na temporada passada, Fennesz regressa à nossa sala para nos apresentar a sua colaboração com Arve Henriksen. Num jogo de espantosa improvisação, a música eletrónica de ambos enleia-se como magia por entre trompetes, guitarra elétrica e voz, ampliando sem limite o que estamos habituados a ouvir de cada artista.
Ficha Artística
electrónica, guitarra: Fennesz
trompete, voz, electrónica: Arve Henriksen